quinta-feira, 8 de agosto de 2019

WALDEMAR DE SOUZA VERAS



Representando o terceiro herdeiro da prole de Manoel Emidio de Sousa/Maria Veras Diniz, Waldemar veio ao mundo no início dos anos vinte, mas precisamente aos 21 de janeiro de 1921. Trazia no seu signo um somatório de qualidades que logo foram despontando em condições de proporcionar o surgimento de mais um alexandriense de caráter, que bem soube honrar com dignidade toda uma vida fecunda de realizações em quaisquer dos setores de atividades que se prepunha o jovem barrigundense. Assim é que, logo despontavam nele, os primeiros sinais da puberdade. Waldemar já se destacava como adolescente que chegava àquela fase, sem que, por ele, tivesse passado o período inesquecível de meninice. Tanto isso é verdade, que o próprio Waldemar, quando em conversas, costumava dizer que nunca tinha sido menino.
   Assimilando com perfeição as qualidades positivas, Waldemar enveredou logo cedo pelos caminhos do comercio, tornando-se exímio comerciante, com atividades em toda a região, comercializando, contudo, em sua terra natal, o potencial de sua capacidade empreendedora. Assim é que, em breve espaço de tempo Waldemar já despontava com um próspero comerciante, que bem sabia caminhar pelas trilhas da arte de mercantilizar.
   Pelo acentuado amor à sua terra e ao seu povo, sobejamente demonstrado em tudo que dizia respeito a Alexandria, não residiu, contudo, na atividade mercantil, a força concentradoras de seu potencial, que se manifestou no campo das atividades políticas. Granjeando como desenvoltura a confiança da maioria dos seus cidadãos, e endo já contraído núpcias com sua companheira Toinha de Waldemar recebia com surpresas, em sua residência, uma comissão oficial da então UDN, que solicitava dele a aquiescência para presidir, no âmbito local, os destinos do partido, justamente no momento Nacional em  o país dava os seus primeiros passos para a redemocratização, face á disposição do presidente Vargas iniciava-se, aí, a longa caminhada politica do jovem alexandriense, Representando o seu povo por duas vezes consecutivas na Assembleia Legislativa, Waldemar posição destacada em vários episódios da política norte-rio-grandense, notadamente o relacionando com a “Assembleia do Museu”, nos idos de 1960, quando o conceito de jovem político já se arraigava por todo o Estado, fundamentando na sua qualidade impar  da lealdade partidária que o caracterizou como um dos políticos mais sérios de seu tempo.
   Concluída essa fase legislativa de sua atividade política, Waldemar veio o ocupar importante cargo como delegado do INDA, deixando, com sua passagem, um somatório de realizações, inclusive em ALEXANDRIA-RN. Através de inúmeros cursos profissionalizantes, perfurações de poços tubulares, apoio administrativo do INDA ao então prefeito Antonio Arnour da Silva, e muitos outros. Encerrada essa fase, finalmente, pode Waldemar volta-se, mais diretamente para o trato de sua terra natal Alexandria, desempenhando por duas vezes as funções de prefeito constitucional, cargos esses exercidos com o mais acentuado exagero e probidade administrativa, implantando o sistema de divulgação diária dos atos do poder executivo municipal, com indicativos da receita e da despesa realizadas diuturnamente, advindo em competência disso a realização de inúmeras obras, como o Jardim de Infância Pedro Lobo da Costa, Escola Municipal Manoel Emídio de Sousa, Praça Pública Maria Cavalcanti (totalmente reconstruída) na avenida dr. Gregório de Paiva. Inúmeras escolas municipais da sona Rural, estradas municipais caprichosamente conservadas, dentre outros.
   A sua obra administrativa marcou época em todos os setores, notadamente no educacional, onde se destaca com ênfase, a criação, fora da competência do município, porém custeado exclusivamente por este, da Escola de 2º Grau 7 de Novembro.
    Na vida privada, igualmente, e com especialidade, Waldemar sempre primou pelo bom gosto e amor  a sua terra destacando-se sempre como construtor de casas e até ruas inteiras, como é o caso das Vilas Demócrito e Diana, construída todas, antes mesmo de seu ingresso na vida pública. Pode-se-ia dizer, sem exageros, que, Alexandria, quase tudo que nela existe, tem a marca de Waldemar Veras, isso nos setores privados e público, sem querer, com essa afirmação, ferir a passagem de outros administradores que igualmente também realizaram algo em favor da terra alexandriense.
    Como chefe de família, Waldemar construiu uma prole de sete filhos, atualmente desfalcada do seu primeiro filho varão DEMÓCRITO DE SOUSA VERAS, que teria se constituído o seu legitimo herdeiro político, se a morte prematura não o rebatara do convívio dos seus conterrâneos.
      Waldemar Veras faleceu de morte súbita, quando ainda desfrutuva de franca atividade vital, aos 72 anos, no dia 25 de novembro de 1993, deixando a mais acentuada lacuna em todos os setores da vida cotidiana de Alexandria.

   Waldemar Veras é patrono de uma escola estadual na cidade de Alexandria
O Campo de Pouso da cidade é denominado de Waldemar Veras
ESCREVEU ANTONIO DE SOUSA VERAS, ALEXANDRIA-RN, SETEMBRO DE 2000

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CONHEÇO O MUNICÍPIO DE ALEXANDRIA IGUALZINHO AS PALMAS DE MINHAS MÃOS, TENDO EM VISTA QUE RESIDI NESSA URBE POR UM PERÍODO DE 4 ANOS, ALÉM DE TER PESQUISADO A HISTÓRIA DA COMUNIDADE, A QUAL PRETENDO DESTACAR NESTE ENDEREÇO VIRTUAL