Representando o terceiro herdeiro da prole de Manoel
Emidio de Sousa/Maria Veras Diniz, Waldemar veio ao mundo no início dos anos
vinte, mas precisamente aos 21 de janeiro de 1921. Trazia no seu signo um
somatório de qualidades que logo foram despontando em condições de proporcionar o
surgimento de mais um alexandriense de caráter, que bem soube honrar com
dignidade toda uma vida fecunda de realizações em quaisquer dos setores de atividades que se prepunha o jovem barrigundense. Assim é que, logo
despontavam nele, os primeiros sinais da puberdade. Waldemar já se destacava
como adolescente que chegava àquela fase, sem que, por ele, tivesse passado o
período inesquecível de meninice. Tanto isso é verdade, que o próprio Waldemar,
quando em conversas, costumava dizer que nunca tinha sido menino.
Assimilando
com perfeição as qualidades positivas, Waldemar enveredou logo cedo pelos
caminhos do comercio, tornando-se exímio comerciante, com atividades em toda a
região, comercializando, contudo, em sua terra natal, o potencial de sua
capacidade empreendedora. Assim é que, em breve espaço de tempo Waldemar já
despontava com um próspero comerciante, que bem sabia caminhar pelas trilhas da
arte de mercantilizar.
Pelo acentuado
amor à sua terra e ao seu povo, sobejamente demonstrado em tudo que dizia
respeito a Alexandria, não residiu, contudo, na atividade mercantil, a força
concentradoras de seu potencial, que se manifestou no campo das atividades
políticas. Granjeando como desenvoltura a confiança da maioria dos seus
cidadãos, e endo já contraído núpcias com sua companheira Toinha de Waldemar
recebia com surpresas, em sua residência, uma comissão oficial da então UDN,
que solicitava dele a aquiescência para presidir, no âmbito local, os destinos
do partido, justamente no momento Nacional em
o país dava os seus primeiros passos para a redemocratização, face á
disposição do presidente Vargas iniciava-se, aí, a longa caminhada politica do
jovem alexandriense, Representando o seu povo por duas vezes consecutivas na
Assembleia Legislativa, Waldemar posição destacada em vários episódios da
política norte-rio-grandense, notadamente o relacionando com a “Assembleia do
Museu”, nos idos de 1960, quando o conceito de jovem político já se arraigava
por todo o Estado, fundamentando na sua qualidade impar da lealdade partidária que o caracterizou
como um dos políticos mais sérios de seu tempo.
Concluída essa
fase legislativa de sua atividade política, Waldemar veio o ocupar importante
cargo como delegado do INDA, deixando, com sua passagem, um somatório de
realizações, inclusive em ALEXANDRIA-RN. Através de inúmeros cursos
profissionalizantes, perfurações de poços tubulares, apoio administrativo do
INDA ao então prefeito Antonio Arnour da Silva, e muitos outros. Encerrada essa
fase, finalmente, pode Waldemar volta-se, mais diretamente para o trato de sua
terra natal Alexandria, desempenhando por duas vezes as funções de prefeito
constitucional, cargos esses exercidos com o mais acentuado exagero e probidade
administrativa, implantando o sistema de divulgação diária dos atos do poder
executivo municipal, com indicativos da receita e da despesa realizadas diuturnamente, advindo em competência disso a realização de inúmeras obras,
como o Jardim de Infância Pedro Lobo da Costa, Escola Municipal Manoel Emídio
de Sousa, Praça Pública Maria Cavalcanti (totalmente reconstruída) na avenida dr. Gregório de Paiva. Inúmeras escolas municipais da sona Rural, estradas
municipais caprichosamente conservadas, dentre outros.
A sua obra
administrativa marcou época em todos os setores, notadamente no educacional,
onde se destaca com ênfase, a criação, fora da competência do município, porém
custeado exclusivamente por este, da Escola de 2º Grau 7 de Novembro.
Na vida
privada, igualmente, e com especialidade, Waldemar sempre primou pelo bom gosto
e amor a sua terra destacando-se sempre
como construtor de casas e até ruas inteiras, como é o caso das Vilas Demócrito e Diana, construída todas, antes mesmo de seu ingresso na vida pública.
Pode-se-ia dizer, sem exageros, que, Alexandria, quase tudo que nela existe,
tem a marca de Waldemar Veras, isso nos setores privados e público, sem querer,
com essa afirmação, ferir a passagem de outros administradores que igualmente
também realizaram algo em favor da terra alexandriense.
Como chefe de
família, Waldemar construiu uma prole de sete filhos, atualmente desfalcada do
seu primeiro filho varã
o DEMÓCRITO DE SOUSA VERAS, que teria se constituído o
seu legitimo herdeiro político, se a morte prematura não o rebatara do convívio
dos seus conterrâneos.
Waldemar Veras faleceu de morte súbita,
quando ainda desfrutuva de franca atividade vital, aos 72 anos, no dia 25 de
novembro de 1993, deixando a mais acentuada lacuna em todos os setores da vida
cotidiana de Alexandria.
Waldemar
Veras é patrono de uma escola estadual na cidade de
Alexandria
O Campo de Pouso da cidade é denominado de
Waldemar Veras
ESCREVEU ANTONIO DE SOUSA VERAS, ALEXANDRIA-RN,
SETEMBRO DE 2000